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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Como erradicar a braquiária nas pastagens para equinos


A braquiária é apenas uma das inúmeras pragas que atacam o pasto nos haras. Considerando a facilidade desta planta de vegetar razoavelmente bem em solos pouco férteis e ao mesmo tempo causar grandes danos aos solos propícios para pastagem, é necessária a utilização de métodos para controlar a sua propagação.

A presença da braquiária nas pastagens para eqüinos se dá, principalmente, pelo fato de que a maioria destas não se adapta a solos muito férteis, isto é, solos que apresentam fertilidade baixa, como os que proporcionam uma boa plantação de pasto para cavalos.

O criador, atentando para o correto grau de fertilidade do solo para plantação de pastagens (os solos para eqüinos necessitam de média a alta fertilidade para produzir), deve sempre procurar elevar a capacidade produtiva do solo através da adubação, e com isso estabelecer uma competição entre a pastagem a ser implantada e a praga.

Por outro lado, a braquiária é uma planta bastante resistente à erradicação, basicamente em razão da sua forma de propagação vegetativa, a dormência característica, já que não se mostra eficaz a simples destruição da planta da braquiária para erradicar a praga, e a sementeira, que garante a propagação da planta nas condições mais diferenciadas possíveis e durante longo período de tempo.

Diante desses fatores, conclui-se que a destruição da planta só é possível através de dois métodos específicos: o método chinês e o de sombreamento. O primeiro método tem como elemento fundamental a vigília do criador e deve ser aplicado em pequenas áreas ou em locais cuja infestação da braquiária ainda estiver no início. Aconselha-se sempre ao uso da enxada para retirar constantemente as plantas do pasto e à remoção do material retirado para locais distantes do solo para posterior destruição. Mas, existem ainda outras recomendações, como, nunca sementear a braquiária que ainda não foi erradicada, nunca deixar que os animais comam as sementes, manter sempre elevada a fertilidade do solo, entre outras.

Já o método de sombreamento, este é aplicado em áreas maiores ou mais infestadas com a praga. Através dele escolhe-se uma espécie de forrageira de crescimento mais rápido e vigoroso, deforma a investir no cultivo para que esta planta se transforme em um verdadeiro e constante sombreamento da praga. As duas únicas espécies que apresentam as características exigidas por este método são o capim-conilão e o capim-elefante (napier, camerum e mineiro).

Quando nos referimos às vantagens e desvantagens apresentadas por esses dois métodos, é de se destacar que o segundo é o mais vantajoso para o criador. Além de ser sensivelmente mais barato, esse método proporciona o enriquecimento do haras em termos de pastagens, rendo em vista que uma outra forrageira surge como alternativa para a alimentação dos animais.

6 comentários:

  1. Publique
    o selo
    no seu blogPermacultura: transformando problemaem solução
    Giuliana Capello - 13/11/2007 às 08:10




    Essa mania que a humanidade tem de achar que é superior a tudo o que está ao seu redor é a razão da nossa cegueira ambiental. Quantas vezes deixamos escapar boas oportunidades porque encaramos a solução como um problema? Na Permacultura, há um princípio que diz que a solução está no problema. E como faz diferença pensar assim!

    Tempos atrás, eu e meu marido compramos um terreno na Ecovila Clareando, onde hoje estamos construindo nossa casa. Como havia remanescentes de florestas na ecovila, o antigo pasto da propriedade foi destinado à área dos lotes dos futuros moradores. E, assim, havíamos comprado 1.000 m² de capim. Um problema?

    Não aos olhos do especialista em agrofloresta, Ernest Götsch. Mas essa história eu deixo meu marido contar, a seguir, nas palavras dele…

    Foi no curso sobre agroflorestas que fiz com o jardineiro Ernest Götsch, no Instituto Visão Futuro, há pouco mais de um ano. As palavras podem não ter sido bem essas, mas o que fica desses momentos mágicos não é a letra, e sim, um lampejo de sabedoria que, às vezes, nos é dado vislumbrar.

    Eu estava preocupado com o terreno que acabara de comprar. Mil metros quadrados de um antigo pasto, tomado por um denso tapete de capim braquiária que, na ocasião, batia na minha cintura. Para quem não conhece essas coisas da roça, o capim braquiária tem fama de ser durão. “Limpar” um terreno coberto por ele é uma missão dificílima, porque não importa o que ocorra, a braquiária sempre volta a brotar. Naquela época, eu esperava que ele me ajudasse a resolver o problema.

    - Ernest, como nós podemos usar os conceitos de sistemas agroflorestais para combater a braquiária?

    Sob o chapéu de tecido branco, o suíço fez cara de espanto:

    - Mas, porque você quer “combater” a braquiária? Na natureza não existem “pragas”, já que tudo tem o seu lugar. A natureza não funciona por competição, como ensinam na biologia. Ela funciona por amor e cooperação. Com a braquiária não é diferente.

    - Como assim?

    - A braquiária não nasceu ali porque quis. Alguém a trouxe e lhe deu uma missão: alimentar o gado. E ela cumpriu essa missão com muita honra. Veio o boi, comeu suas folhas e elas rebrotaram; depois ela foi pisoteada pelo gado e renasceu; veio o fogo e ela se regenerou. Ela sempre cumpriu a missão que lhe foi dada e ainda garantiu que o solo jamais ficasse descoberto, protegendo-o da erosão. Ela não é uma praga, mas uma trabalhadora devotada, que cumpre sempre o seu papel, não importa o que aconteça.

    - Mas, agora, o terreno não é mais um pasto e nós queremos plantar outras coisas nele.

    - Abra algumas clareiras entre a braquiária e plante. Quando suas plantas crescerem ela vai perceber que sua missão já foi cumprida e que o solo está seguro porque as outras plantas vão tomar o lugar que ela deixar. Assim, ela vai, amorosamente, se despedir e dar espaço às outras espécies que virão sucedê-la. Ela não vai competir com elas porque sabe que a sucessão natural deve continuar. Ela dará sua vida para que a vida continue, assim que for sombreada pelas outras plantas. Ainda deixará sua palha e suas raízes ricas em nitrogênio no solo, como um presente para as futuras gerações que ocuparão aquela terra.

    Foto: Amor e cooperação. Na natureza, tudo tem seu lugar. Com os ensinamentos de Ernst, começamos a plantar feijão-guandu, abacaxi e boldo entre a braquiária que, solidária, vem se despedindo.

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    1. Que comentário enriquecedor o seu Giuliana. Obrigada! Clareou todas as minhas angústias pois estou vivenciando a mesma questão e ví uma linda solução.

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  2. Muito obrigada,ao blog e a esse comentário fantástico!Precisava fazer uma trabalho sobre a braquiária onde meu professor perguntou se ela era uma praga e uma redenção e vocês me deram uma super luz!!Obrigada!!!

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  3. Muito obrigada,ao blog e a esse comentário fantástico!Precisava fazer uma trabalho sobre a braquiária onde meu professor perguntou se ela era uma praga e uma redenção e vocês me deram uma super luz!!Obrigada!!!

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  4. "Estou" possuidora de um cavalo de para quebrada,calcificada.pata trazeira,foi abandonado,cuido.dele.dou milho mas meu capim e de boi queria fazer capineira para ele500 MTRS q.Qual capim planto? Itatiaia,serra Mantiqueira.qual e o capim para ele comer, viver?

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    1. se for para corte é recomendado o napier porem para pasto é mais indicado o tifton 85

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