Pesquisar este blog

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Enduro Equestre

 
O que é o Enduro Equestre?
Palavra de origem inglesa, o Enduro (Endurance) se traduz como competição longa em que a velocidade deve se adequar à resistência. Seus fundamentos são simples e a prática proporciona uma interação do homem com o cavalo e dos dois com a natureza. A trilha impõe percursos que vão de 35 a 160 quilômetros. Atualmente, o Enduro é considerado o esporte equestre que mais cresce no mundo, marcando presença em 61 países e praticado por mais de 40 mil competidores. O convívio com a natureza é um dos atrativos do Enduro Equestre. As competições de Enduro se dividem em duas modalidades:
Velocidade Limitada e Velocidade Livre.

  
Velociade Limitada - Categoria onde se começa a prática do esporte. Os percursos vão de 15 a 60 km e a velocidade é determinada pelos organizadores da prova. Quem termina a prova dentro do tempo pré-determinado ou o mais próximo dele é o vencedor. No entanto, é imprescindível que o animal apresente batimento cardíaco baixo e boas condições físicas para o conjunto não ser eliminado. Uma das características do Enduro também é a prática do esporte em família As provas são divididas por etapas, também chamadas de anéis, e podem variar de 15 a 25 km entre um e outro. No final de cada etapa o animal passa pelo "vet-check" e só é liberado se apresentar condições de permanecer na trilha, caso contrário o conjunto é eliminado da competição.

 

Velocidade Livre - Nesta categoria a disputa é contra o relógio e as distâncias variam de 40 a 160 km. Condicionamentos físicos e emocionais são aliados que garantem cumprir a prova. Os "anéis" são distribuídos de 10 a 40 km e o animal só é liberado no "vet-check" se sua frequência cardíaca atingir o número de batimentos estipulados para cada categoria. A 1ª prova de Velocidade Livre de 160 km foi realizada em 1995

Bases históricas do Enduro Equestre
As corridas a cavalo por longas distâncias fazem parte da história do homem desde que estes animais foram domesticados. O Enduro que conhecemos hoje é resultado de uma evolução já quase bicentenária e seu precursor foi o "Pony Express", correio americano a cavalo que entre 1860 e 1861 que atravessava o os Estados Unidos de leste a oeste, entre Saint Joseh, no Missouri, e Sacramento, na Califórnia. Criado por William Russell, William Waddell e Alexander Magors, o "Pony Express" estabelecia postos onde os cavalos eram trocados em trechos que variavam de 10 a 15 milhas, enquanto os cavaleiros eram substituídos a cada 75 ou 100 milhas. Em 1883 o lendário Búffalo Bill criou um show que incluía uma prova de longa distância em homenagem ao "Pony Express". Levado para a Europa, este show-competição acabou inspirando a criação das provas de resistência.


O Enduro no Brasil
O Enduro Equestre chegou ao Brasil de forma embrionária no início dos anos 80 com competições de 12 a 20 km que faziam parte das provas da ABHIR – Associação Brasileira de Hipismo Rural. O incentivo e fomento da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA) a estas provas foram fundamentais para a implantação do esporte no País.
A primeira prova "batizada" de Enduro Equestre no Brasil foi o "Maristela Cup" e realizada em 1989 em Tremembé (SP). Em 1990 o esporte foi oficializado pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) que no ano seguinte realizou o 1º Campeonato Brasileiro da modalidade. As mulheres marcam forte presença nas trilhas de Enduro, vencendo 10 dos 12 Mundiais Seniores Desde as primeiras competições, o esporte foi pautado por desafios e o desejo de expansão.

Sem distinção de sexo e praticado por crianças acima de 14 anos, o Enduro Equestre encontrou no Brasil condições favoráveis para seu desenvolvimento: variação de trilhas em todas as regiões do País, clima e volume de animais. Apesar de aberto a todas as raças, são os cavalos de sangue Árabe os maiores protagonistas do esporte.

Em 20 anos de oficialização (1990 a 2009), o Brasil participou das 7 edições do Campeonato Panamericano, contabilizando oito medalhas: quatro de ouro, duas de prata e duas de bronze. Os enduristas brasileiros marcaram presença em 7 dos 12 Campeonatos Mundiais Seniores (1990 a 2008), obtendo duas vezes a 4ª colocação (equipe e individual), um 6º lugar e três vezes 8º lugar por equipe.
No Mundial de Young Riders o Brasil participou das cinco edições realizadas (2001 a 2009), contabilizando duas medalhas de bronze por equipe, além de 4º, 5º e 7º lugares por equipe.

Campeonato Mundial Adulto
Instituído em 1986, três anos depois da oficialização do esporte pela Federação Equestre Internacional (FEI), o Enduro Equestre passou a ter campeonatos mundiais para adultos (acima de 21 anos), realizados em anos pares com percurso de 160 km. Das 12 edições realizadas entre 1986 e 2008, as mulheres venceram 10. Duas destas enduristas, norte-americana, tornaram-se tricampeãs mundiais: Becky Hart montando o mesmo cavalo - RO Gran Sultan (Rio) - venceu em 1988, 1990 e 1992; e Valery Kanavy em 1994, 1996 e 1998.

Cavalos

A maior parte dos cavalos praticantes de enduro equestre é da raça Puro Sangue Árabe (PSA). Por sua resistência e aptidão esportiva, os cavalos árabes alcançam, ao redor de todo o mundo, resultados superiores. Há, também, muitos cavalos com parte do sangue árabe, em especial anglo-árabes (mistura de PSA com PSI - Puro Sangue Inglês), conhecidos por seu tamanho maior. Esta tendência, no entanto, não é uma regra e algumas vezes observa-se cavalos com origem desconhecida (sem raça definida) ou cruzas pouco comuns (criolo com inglês, por exemplo) ganhando provas importantes e tendo outros resultados impressionantes.

Características desejáveis num cavalo de enduro
Um cavalo de enduro deve ser forte, bem aprumado, ter bons cascos, ter um sistema cardio-respiratório eficiente, apresentar disposição para o esporte (vontade de andar, por exemplo), mostrar-se apto para realizar troca de calor com o ambiente de modo eficiente e ser calmo. Nem todas essas características são encontradas em todos os cavalos de enduro.

Vídeo:

terça-feira, 24 de abril de 2012

Concurso Completo de Equitação - CCE

 
Atenção, velocidade, resistência e coragem são os pré requisitos para praticar essa modalidade. Não somente do cavalo, mas também do cavaleiro.

O Concurso Completo de Equitação pode ser definido como o Triatlon dos cavalos. A prova se divide em três partes, que devem ser realizadas integralmente com o mesmo animal.

A modalidade inclui:
Uma reprise de adestramento de nível médio em que são avaliadas a harmonia e a submissão.
A prova de fundo, composta por um percurso gramado ou de terra para ser percorrido ao trote. Em seguida, um Steeple-chase, que consiste em uma corrida de 3 a 4 quiilometros com obstáculos. Depois disso, há um novo percurso semelhante ao inicial. A prova de fundo termina com um Cross-Country, percurso de aproximadamente 7km com cerca de 20 a 30 obstáculos fixos a serem feitos a galope. Essa etapa inclui obstáculos naturais, como valas, barrancos, entre outros.
No último dia, é realizada uma prova de saltos.

O Cavalo



É necessário muito treino e resistência para que o animal esteja pronto para enfrentar uma prova como esta. Cavalos com menos de sete anos não são recomendados para competição, pois ainda não possuem o preparo físico adequado. Segundo o Diretor de CCE da CBH, Carlos Alberto Fleury Bellandi, o animal pode começar a ser domado a partir dos três anos.

No CCE, as características físicas são tão importantes quanto os traços de comportamento. Cavalos nervosos e ansiosos se desgastam com mais facilidade, por isso cavalos calmos são desejáveis. Entre os aspectos fundamentais estão a força, o fôlego, a curiosidade e a docilidade.

 No Brasil, a raça mais tradicional do CCE é o Puro Sangue Inglês. Recentemente, tem se utilizado também o Brasileiro de Hipismo. Bellandi afirma que, embora ainda exista o predomínio do PSI, os resultados com o BH tem sido muito bons, principalmente devido ao desempenho da raça brasileira no adestramento.

Sobre o treinamento, o diretor de CCE da CBH explica: “O adestramento é a base para todos os esportes equestres. Tornar o cavalo apto para o Cross-Country é questão de costume, treino. É imprescindível dar um bom condicionamento para chegar ao Salto em boas condições de trabalho. Sem isso, o cavalo fica dolorido depois do Cross Country e acaba fazendo muitas faltas no Salto, o que prejudica muito a prova”.

Origens
 O CCE tem suas origens junto aos militares e foi inicialmente chamado de concurso militar. Os franceses foram os grandes pioneiros do esporte, que e disseminou por toda a Europa e foi adaptado segundo as tradições de cada país. Na Inglaterra e na Irlanda o esporte foi muito influenciado pelas caçadas. Foi com a junção de cada vertente que o esporte cresceu no mundo.

A resistência e obediência do treinamento militar uniu-se à agilidade dos cavalos caçadores, resultando em um esporte complexo e emocionante.

 Somente 40 anos depois de sua primeira aparição como esporte olímpico, em 1912, o CCE adquiriu formas mais semelhantes a que encontramos hoje em dia. Inicialmente, o CCE era uma modalidade exclusivamente militar e a duração era de 5 dias, com um de descanso.

No Brasil A CBH estima que aproximadamente 200 conjuntos pratiquem CCE no país. O estado mais expressivo em número de participantes é São Paulo. Lá, o CCE foi originado do hipismo rural de cidades como Ribeirão Preto, Limeira e Barretos. Já no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, o CCE surgiu como uma modalidade preparatória para os animais utilizados pelos militares.

O desenvolvimento do Esporte no país intensificou-se nos últimos 20 anos. Desde 1992, o Brasil participou de 4 olimpíadas. Nos jogos olímpicos de Beijing 008, a equipe brasileira conquistou o 10º lugar, sua melhor colocação até agora.

O Brasil também foi medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Buenos Aires (Argentina) em 1995 e medalha de Prata nos Jogos Panamericanos em Winnipeg (Canadá) em 1999.

Texto retirado da revista virtual Mundo Equestre

Vídeo:

Atenção!

Desculpem pelo atraso das postagens

Por isso estarei recompensando com três novos post neste mês de abril
E continuem visitando meu blog

Agradeço a compreensão!

Muares & Marchadores

Matheus