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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pequenas curiosidades sobre cavalos

  1. O cavalo é um mamífero do gênero Equus e espécie Equus ferus.
  2. Além do cavalo, os equídeos mais conhecidos são o jumento e a zebra.
  3. A mula é um híbrido entre o cavalo e o jumento.
  4. A denominação para o macho é garanhão; para a fêmea, égua; para o filhote, potro.
  5. A palavra cavalo veio do latim caballus.
  6. Equus significa “veloz” em grego.
  7. Um dos antepassados do cavalo é um pequeno animal extinto chamado mesohippus (“meio cavalo”).
  8. O mesohippus viveu há cerca de 40 milhões de anos.
  9. Acredita-se que os primeiros cavalos tenham sido domesticados em 6.000 a. C. ou até mesmo antes disso.
  10. Assim como a do elefante, a sociedade do cavalo (afinal, trata-se de um animal que vive em grupo) é matriarcal.
  11. A gestação da égua dura 336 dias – 11 meses – o que a torna mais longa do que a humana.
  12. Os potros conseguem se sustentar nas duas pernas (diga-se, ficar em pé) apenas duas horas depois de nascidos.
  13. Cavalos tem excelente memória. Eles são capazes de reconhecer uma pessoa anos depois de tê-la visto pela última vez.
  14. Em média, os cavalos vivem 25 anos – embora tenham sido registrados indivíduos com até 40 anos.
  15. Você sabia que é possível determinar a idade de um cavalo observando seus dentes?
  16. Um cavalo bebe, em média, 50 litros de água por dia.
  17. Ainda existem cavalos selvagens? Sim, em diversas partes do mundo. E primitivos? Sim, mas a única espécie sobrevivente de equídeo primitiva é o cavalo-de-przewalsky.
  18. Outra raça de cavalo selvagem primitiva é o tarpan (que afirmam ser antepassado do cavalo árabe). Infelizmente, o último tarpan desapareceu da natureza na década de 1850.
  19. A terceira espécie selvagem (mas nem tão primitiva assim, devido à sua semelhança com a zebra) a desaparecer da natureza foi o quagga. O quagga era um animal exótico, com corpo de mula e pescoço e cabeça listrados como a zebra. O último exemplar foi caçado em 1878.
  20. Os cavalos lendários mais conhecidos são o Unicórnio (cavalo com um chifre no meio da testa) e o Pegasus (espécie de cavalo alado). Nos contos folclóricos brasileiros, existe a mula sem cabeça, um animal que, embora não possua cabeça, cospe fogo.
  21. Existem mais de 300 raças de pôneis e cavalos.
  22. As raças de cavalos mais valorizadas são: quarto de milha, puro sangue inglês, appalooza, percheron, paint horse, lusitano, mustang, andaluz, Galloway, frísio, shire, bretão e árabe.
  23. As raças brasileiras: mangalarga, pampa, campolina e crioulo.
  24. A raça mais antiga é a árabe. Só para se ter uma idéia, a árabe já era conhecida dos antigos egípcios. Acredita-se que seja a precursora de todas as raças modernas.
  25. A raça mais veloz é o puro sangue inglês, que chega a atingir 80 Km/h. Acredite se quiser, mas ele é capaz de fazer 400 metros em apenas 20 segundos.
  26. Uma curiosidade: o nome mangalarga advém do nome da fazenda onde essa raça começou a ser criada.
  27. Você sabe como é chamada a fobia a cavalos? Equinofobia ou hipofobia.
  28. Uma das bebidas típicas do interior do Quirguistão e outros países da Ásia Central é uma bebida fermentada à base de leite de égua.
  29. Sabia que existiu uma deusa galo-romana protetora dos cavalos, mulas e burros? A tal deusa se chamava Epona e era, principalmente, uma deusa da fertilidade. Eponsa costumava ser representada montada num cavalo.
  30. Os gregos diziam que o cavalo brotou da terra por obra do tridente do deus Netuno.
  31. Os cavalos mais famosos da história são: Bucéfalo (cavalo de Alexandre Magno) e Incitatus (do Imperador romano Calígula).
  32. Alexandre, o Grande fundou uma cidade em homenagem a seu cavalo Bucéfalo. O nome da tal cidade? Bucéfala, obviamente.
  33. Incitatus, cavalo do Imperador Calígula, tinha dezoito criados pessoais e dormia no meio de mantas púrpuras. Conta-se que a obsessão de Calígula por seu cavalo era tamanha que ele quis elegê-lo cônsul.
  34. Uma das figuras mais emblemáticas do período medieval é a do cavaleiro. Os cavaleiros geralmente pertenciam à nobreza. Começavam a ser iniciados aos 7 anos e aos 10, começavam a servir aos senhores “feudais”. O reconhecimento como cavaleiro só acontecia aos 20 anos. O ritual da sagração ocorria num combate simulado durante uma festa. Durante as cruzadas, os cavaleiros se transformaram em defensores da fé contra infiéis e hereges.
  35. Segundo o Islã o profeta Maomé ascendeu aos céus montado num cavalo.
  36. Os cavalos mais famosos da ficção são: Trigger (cavalo do cowboy Roy Rogers) e Tornado (do justiceiro Zorro).
  37. Apesar de ainda ser tabu no Brasil, a carne de cavalo é consumida em diversos lugares, principalmente China e países da Europa. Detalhe: o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de cavalo.
  38. Os cortes mais comuns são lagarto, filé mignon, contrafilé, patinho, peito, alcatra e peixinho. Devido à conformação do animal, não existe picanha e cupim.
  39. Sabia que existe sushi de cavalo? Apesar de ser um tanto adocicada e mais difícil de mastigar, a carne de cavalo é servida crua em diversos restaurantes mundo afora – principalmente no Japão.
  40. Chamados de esportes eqüestres, os principais esportes praticados com cavalos são: corrida, adestramento (conhecido como dressage), pólo, enduro e salto.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Estrutura de baias


Atualmente, a criação de cavalos depende muito da qualidade das instalações utilizadas nesta atividade.
Não basta termos um cavalo de raça e o criarmos completamente solto, sujeito às variações climáticas, frio, chuvas, calor excessivo, etc. Toda a criação deve dispor de instalações para confinamento desses animais, em baias. Este tipo de instalação, conhecida como estábulo, é de grande importância para o bom desenvolvimento e a manutenção da saúde dos cavalos. Entretanto cavalos embaiados ficam estressados, nervosos, resultando em doenças


Hoje em dia sugere-se que o tamanho mínimo de baia seja de 3,6x 3,6.
Para cavalos de equitação, a área mínima em m2 é igual à altura de cernelha em metros x 2, para animais em reprodução, recomenda-se 4x4, e pôneis 3x3 e para equinos de tração, garanhões e éguas 4,3x4,3.
O tamanho ideal para uma baia é de 12m² (4x4m),
As paredes laterais devem ter uma altura mínima de 2 metros, sendo o que é mais recomendado são paredes de 3 metros.

As janelas devem possuir dimensões de 50 por 36 cm e 1,20 de altura do chão, e podem ser feitas utilizando-se barras de ferros.
A porta da baia deve ser em duas folhas, a parte inferior deve possuir uma altura de 1,20m e a parte superior, altura suficiente para atingir o final da parede.

 
O piso deve apresentar uma inclinação, não superior a 2% no sentido da porta para facilitar o escoamento de urina e água na lavagem, sugerimos o piso de borracha, o qual proporciona uma superfície firme, boa resistência alem de ser silencioso, porem encarece o projeto.
A cama pode ser de maravalha, palha, serragem, deve conter as características de bom acolchoamento, não palatável, boa absorção de amônia e odores, facilidade na limpeza, disposição e custo.

Os cochos individuais são os mais indicados, pois os animais conseguem comer todo o alimento que lhe foi destinado, o sugerido é que tenham 80 cm de comprimento, 35 cm de largura e 50-60 cm de altura, com uma profundidade de 20 cm.


Sendo instalado na parede oposta a porta da cocheira.

Os bebedouros utilizados principalmente são os automáticos em forma de concha, pois estes evitam o desperdício de água e são de fácil higienização.

O feno deve ser colocado oposto ao cocho de concentrado, e de preferência que seja colocado em redes próprias há um metro do piso da cocheira, evitando assim o desperdício e possível contaminação


Abrigo
 
Os piquetes devem ser de 1000 a 2000 m2, bem gramados, com abrigo de 4x4m, cuidadosamente cercado com 3 réguas de madeira (mais recomendável).
Piquetes para éguas com crias ao pé, piquetes para éguas em gestação deve ter uma área plana para evitar possíveis acidentes com o potro

Estas dimensões devem ser respeitadas, para que o animal possa se movimentar com certa liberdade. É na baia que os cavalos deverão ser cuidados e tratados mais diretamente por seus proprietários ou tratadores. A porta do boxe ou cocheira, normalmente, é dividida em dois segmentos, que se abrem de maneira independente: a metade superior e a metade inferior da porta. Isso é feito para que os animais possam colocar sua cabeça para fora e "apreciar" o movimento fora da sua própria baia.

Um aspecto bastante importante na construção das baias é a circulação do ar: deve haver janelas ou um sistema de saídas de ar, para que haja uma boa circulação. As janelas, além de proporcionarem a circulação do ar, permitem que os animais, dentro das baias, tenham acesso à claridade e à luz solar.

Como a iluminação das baias deve ser natural, utiliza-se clarabóias, ou seja, telhas translúcidas ou "janelas" na cobertura da cocheira, para mantê-la iluminada durante o dia.
A iluminação elétrica só deve ser utilizada à noite, se necessário, quando formos alimentar os animais. Isso deve ser feito somente para que os tratadores possam enxergar, pois os cavalos vêem muito bem à noite, com muito pouca luminosidade.

Quando houver mais de uma baia no mesmo estábulo, de preferência, a separação entre os boxes deve ser feita com grades, para que os cavalos possam ver os seus "vizinhos" e manter uma convivência social. Isso é muito importante para os animais, pois a convivência com os outros afeta de maneira positiva o temperamento dos cavalos.

Para água, é comum se utilizar um cocho único, com suprimento de água constante e renovável, que atenda a mais de uma baia. Existem, também, os chamados cochos automáticos, bastante práticos. Os cochos devem ser de fácil limpeza e desinfecção, evitando-se a proliferação de fungos, principalmente. Para tal, eles devem ser removíveis e limpos constantemente. O problema mais comum decorrente da contaminação dos cochos por fungos é o aparecimento de problemas gástricos nos animais.


A higiene dentro das baias é de extrema importância para os cavalos e neste aspecto o piso tem um papel primordial. Existem vários tipos de pisos que os criadores poderão utilizar nas baias, desde o piso de cimento recoberto com serragem ou maravalha, até pisos sintéticos, de borracha ou materiais plásticos. O importante é que este piso seja de fácil limpeza e desinfecção, impedindo a proliferação de bactérias ou fungos. Não é aconselhável a utilização de piso de terra, apesar de ter um custo mais baixo, pois é o que apresenta maior probabilidade de contaminação.

Mangalarga Marchador - Uma das melhores raças

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Com essa denominação, tornou-se famosa uma população eqüina, no sul do Estado de Minas Gerais, limítrofe com São Paulo, na primeira década do século passado. Posteriormente, membros da família Junqueira, responsáveis por essa criação, mudaram-se para o Estado de São Paulo e com elas trouxeram suas montarias. A famosa raça logo contagiou os paulistas, que o adotaram e disseminaram por todo o estado e estados vizinhos.

A raça nacional Mangalarga tem como formador principal o cavalo Alter de Portugal. Provavelmente foi Napoleão Bonaparte, ao invadir Portugal, abrigando D.João VI a mudar-se com a corte para o Brasil, quem primeiro contribuiu para a formação dessa raça. Com D. João VI, vieram os membros espécimes da raça Alter do Chão. Se o principal formador do cavalo Mangalarga é o Alter, entretanto, no inicio deste século, muitos criadores introduziram, esporadicamente, as raças árabe, Anglo-Árabe, puro-sangue Inglês e American Sadie Horse na sua formação.

Com orientação, a raça Mangalarga evoluiu positivamente dentro da relação objetiva para os fins a que se destina. Com a marcha trotada, melhor técnica de criação e amansamento, o cavalo Mangalarga vem adquirindo maior porte, maior resistência, mais agilidade, maior comodidade e maior docilidade. Por essas características pode ser montado facilmente e pela sua própria constituição física se presta para vários e úteis. serviços do campo, até mesmo para a tração leve.

A raça Mangalarga com seus soberbos exemplares, enriquece o rebanho eqüino nacional e, mercê da atuação de quanto se dedicam á sua criação, tem logrado apreciável desenvolvimento e indiscutível aprimoramento em quase todo território nacional, estando nos dias atuais, ao nível das demais raças nacionais que atestam, sem qualquer dúvida, o pioneirismo, a perseverança, o entusiasmo, o patriotismo sadio e edificante do criador brasileiro.

O Mangalarga animal de sela por excelência, por sua própria formação destina-se não só aos trabalhos nas propriedades rurais, bem como possui um excelente desempenho nas atividades esportivas.

domingo, 14 de agosto de 2011

Doenças Equinas


Mesmo com o manejo e a alimentação correta os cavalos podem ser acometidos de doenças cuja gravidade varia de acordo com seu modo de ação . O controle parasitario feito através da administração de vermífugos e vacinas periodicas diminui a incidencia dos problemas de saúde . Portanto conhecer as principais doenças e as formas de prevenção contribuem para a preservação da saúde do plantel.

Rinopneumonite
Também conhecida por "aborto à vírus", é uma doença viral causada por herpes-vírus, transmitida por via respiratória e alimentos contaminados.
Consequência: podem ocorrer abortos, doenças respiratórias (faringite associada com hiperplasia folicular linfóide, broncopneunomia viral), doenças venéreas e paralisias.
Prevenção: vacinar as reprodutoras no quinto, sétimo e nono mês de gestação; animais jovens devem receber a primeira vacinação após 60 dias do nascimento, repetindo a mesma no intervalo de duas a quatro semanas.

Influênza
Provocada por vírus, a doença mais conhecida por "gripe".
Consequência: pode ocasionar tosse seca, hipertermia, descarga nasal, miosite (inflamação muscular) e infecções bacterianas secundárias (pneumonia, etc). A evolução desses problemas poder deixar graves sequelas, como doença pulmonar obstrutiva crônica que compromete o desempenho atlético do animal.
Prevenção: Vacinação primária, repetindo a mesma com intervalo de duas a quatro semanas e, depois, vacinar a cada seis meses.

Tétano
Doença causada pela bactéria Clostridium tetani que produz toxinas que ativam o nível tecidual local e o nível nervoso, podendo ficar incubado por meses.
A forma mais comum de contágio, segundo o veterinário, é por ferimentos ou lesões cutâneas e lesões de mucosas.
Consequência: O animal apresenta vários sinais clínicos associados à excessiva estimulação do sistema nervoso central, sendo os mais comuns a hiperexitabilidade, o prolapso de terceira pálpebra, os espasmos e o enrigecimento muscular. O agravamento destes fatores pode causar a morte .
Prevenção: Além da vacinação primária, com repetição após duas a quatro semanas, vacinar semestralmente. Há vacinas que associam a prevenção contra o tétano, a influenza eqüina e a rinopneumonite eqüina.

Encefalomielite
Esta doença causada por vírus é transmitida por mosquitos de vários gêneros. As formas mais comuns da doença são denominadas de "leste", "oeste" e "venezuelana". Como geralmente as vacinas são polivalentes e o diagnóstico diferencial destas formas é muito específico.
Consequência: os sinais clínicos em cavalos, são hipertermia, anorexia, dentes cerrados, andar em círculos, disfunção do nervo cranial, excitação, depressão, sonolência, nistagmo, disfagia, sendo que os sobreviventes ficam com seqüelas. Quando afeta o plantel, a mortalidade pode ser de 75% a 98%. Esta doença acontece em forma de surtos, principalmente nos meses quentes do ano, devido à maior proliferação de mosquitos. Por ser uma zoonose, tem importância na saúde pública, pois atinge o homem, principalmente a forma "oeste".
Prevenção: controle de vetores; cuidados no manuseio de material infectado pela doença e vacinação primária, repetida após duas a quatro semanas e depois, de forma semestral ou 30 dias antes da época dos mosquitos.

Adenite ou Garrotilho
É a doença respiratória mais conhecida, mas é também a mais confundida com outras doenças respiratórias que afetam os eqüinos. Causada pela bactéria Streptococus eqüi.
Consequência: invade primeiro as mucosas oral e da nasofaringe, causando faringite e rinite aguda. Normalmente desenvolve abcessos nos linfonodos retrofaringeano e sub-mandibular, causando anorexia, hipertermia e descarga nasal purulenta. Podem ocorrer complicações, evoluindo indesejavelmente para infecções das bolsas guturais, pneumonia por aspiração, entre outras conseqüências, podendo, em casos mais graves, levar o animal à morte.
Prevenção: Vacinação primária repetida após duas a quatro semanas e depois a cada semestre. O veterinário observa que com a vacinação podem ocorrer reações indesejáveis no animal abscessos e até reações sistêmicas severas em animais previamente vacinados ou anteriormente expostos à doença.
Controle: Vacinação; Isolamento imediato do animal infectado;Desinfecção das instalações e utensílios usado pelo cavalo.

Raiva
Doença viral transmitida pelo morcego.
Consequência: Cólica, claudicação, atoxia (falta de equilíbrio), disúria, espasmos musculares, disfagia e déficit de nervos periféricos, como a paralisia do nervo radial. O agravamento da doença pode levar à morte.
Prevenção: Vacinação dos animais em regiões com risco de ocorrer a doença, começando pela primária, repetida no intervalo de duas a quatro semanas, e depois anulamente.

Rhodococcus
Doença que ocorre em haras e centros de criação, causada por bactéria, onde a transmissão se dá por ambientes e materiais infectados. Quando atinge o organismo, esta bactéria causa uma broncopneumonia supurativa e abscessos pulmonares em potros novos. A mortalidade, pode ser superior a 80% e a morbidade gira em torno de 5 a 17%, podendo haver variações.
Prevenção: Desinfecção de ambientes, como baias, cocheiras (em locais em que há alta incidência pode-se optar por não estabular os animais, nem para parição); vacinação de animais jovens e éguas de cria; e manter doadoras hiper-imunizadas que servirão de fonte de plasma para tratamento profilático em potros recém-nascidos.

Leptospirose
Também conhecida popularmente como a "doença do rato", é causada pela bactéria Leptospira spp., que apresenta diversos sorotipos. As leptospiras penetram no organismo através de ferimentos na pele ou nas mucosas do nariz, boca ou conjuntiva. Com possibilidade menor de frequência, há possibilidade de transmissão venérea e via transplacental.
Consequência: hipotermia, depressão, anorexia, podendo haver icterícia oftálmica periódica. A doença pode levar à cegueira, ao aborto (mais comum a partir de sexto mês de gestação) e à orquite, levando os garanhões à esterilidade.
Prevenção: Vacinação primária, repetida depois de duas a quatro semanas e, posteriormente, vacinar de quatro em quatro ou de seis em seis meses. Deve realizar-se exames sorológicos de uma amostragem dos animais para identificar os sorotipos que estão presentes na propriedade.

Anemia Infecciosa Equina (AIE)Vírus RNA (muito resistente);
Caracteriza-se por períodos febris e anemia;
Ainda apresenta falta de apetite, fraqueza, palidez das mucosas e edemas nas partes baixas do corpo;
Transmissão: insetos hematófagos; emprego de instrumentos cirúrgicos e agulhas hipodérmicas não esterelizadas.
Não existe tratamento específico; Torna-se de suma importância as medidas profiláticas para o combate à doença;
Verificação através da prova de Coggins.

Bebeiose
Conhecida também como Nutaliose; Protozoário do gênero Babesia caballi e Babesia equi;
Incubação de 8 a 10 dias, que no início da doença apresenta uma elevação de temperatura;ciclo febril remitente, perda do apetite, mucosas amareladas, edemas localizados, fezes cobertas de muco e grande eliminação de urina
Transmitida por carrapatos, que ao se alimentarem do sangue de seus hospedeiros, transmite a eles os protozoários responsáveis pela doença; Necessidade de um controle cerrado dos carrapatos, tanto nas pastagens como nos cavalos através das aspersões de carrapaticida;
Todos os cavalos independentes de estarem ou não com carrapatos, deverão ser submetidos ao tratamento.

Estomatite Vesicular
Desenvolvimento de vesículas na boca e nas patas;Similar a febre aftosa dos ruminantes; Transmitida pela saliva e pelo líquido das vesículas de animais infectados;
Controle isolamento e higiene dos animais doentes para que a doença se extingue;
Identifica-se a doença através da prova ELISA.

Cólica
Esta síndrome caracteriza-se por uma dor intensa na região abdominal, levando o animal a um sofrimento angustiante e podendo levá-lo a morte.
Sendo a maior incidência em cavalos estabulados com regimes alimentares artificiais, os cavalos de esporte tornam-se uma preocupação constante dos proprietários e cavaleiros.
São duas as causas predisponentes mais frequentes:
As ligadas à anotomia e fisiologia do animal;
As ligadas ao regime alimentar.

Ligadas à anotomia e fisiologia do animal
Pequeno tamanho do estômago, em relação a uma grande capacidade digestiva total;
Intestino delgado longo e preso a um amplo mesentério, livre na cavidade abdominal;
Ceco constituindo-se numa grande cuba de fermentação , com capacidade de cerca de 30 litros de conteúdo;
Intestino grosso (cólon maior) contendo flexuras que podem constituir-se em regiões de possível obstáculo à passagem de alimentos de baixa qualidade e mal digeridos;
Presença de algumas válvulas e constrições ( esfíncteres) que também podem transformar-se em pontos de obstrução à passagem do bolo alimentar;
Baixo limiar à dor, isto é, pequenos estímulos produzem grandes sensações dolorosas.

Ligadas ao regime alimentar
Administração de grandes quantidades de alimento de uma só vez;
Utilização de alimentos deteriorados, mofados ou de baixa qualidade;
Mudanças bruscas de tipos de alimentos;
Emprego de pouco volumoso em relação a alimentos concentrados;

Sinais:
Inquietação, que se traduz principalmente por uma mudança de hábitos e temperamento e pelo bater insistente das patas anteriores no chão;
olhares dirigidos ao seu flanco;
Deitar e levantar frequentemente;
Assunção de posturas anormais (às vezes, sent-se como um cão);
Sudorese, que ser regional ou difusa;Posição de micção ou defecação constante, com exteriorização do pênis.

Tabela de Controle de Vacinação

Transportando seu Animal


Se você nunca passou pelo teste de paciência que é tentar embarcar um cavalo ou potro nem um pouco cooperativo em um caminhão ou trailer, você tem muita sorte.

A maioria dos proprietários conhece bem esse cenário por experiência pessoal e lembra bem dos sentimentos de frustração e de raiva normalmente envolvidos. É uma receita para problemas e traumas. De fato, muitos estudiosos acreditam que a maioria dos ferimentos nos animais ocorrem na hora do carregamento e descarregamento dos animais e quase nunca durante a viagem propriamente dita. Entretanto, embarcar e desembarcar seu cavalo de um caminhão ou trailer não tem de ser obrigatoriamente um evento de risco. Com cabeça no lugar e bom-senso, podemos manter todos os envolvidos no processo calmos e a salvo.

O FATOR MEDO: As pessoas tendem a esquecer a razão principal pela qual um cavalo não entra em um veículo. Os cavalos têm medo do caminhão ou trailer. E quando um cavalo tem medo, ele faz qualquer coisa para sair da situação. Isso inclui empacar, escoicear, empinar, se atirar para trás, passar por cima da pessoa que o está guiando, tentar passar por espaços onde ele não cabe etc. Essa situação piora quando acidentalmente ele escorrega e cai no caminhão, ficando preso entre as separações. A pessoa que está puxando o cavalo é a que fica mais vulnerável ao seu desespero, podendo se machucar seriamente. A situação normalmente é exacerbada quando as pessoas não se programam para a possibilidade do cavalo dar problema para embarcar e organizam fretes em cima da hora dos eventos. Quando as pessoas estão atrasadas, normalmente perdem a paciência mais rápido. Essas pessoas são as que provavelmente tentarão agredir o cavalo para que ele embarque logo e isso só reforçará o medo e a relutância do animal em embarcar. Na maioria das vezes, quando consegue colocar o cavalo temeroso dentro do caminhão, a pessoa o tranca lá dentro e segue viagem o mais rápido possível. Novamente, estamos reforçando o terror que o cavalo sentia do caminhão. O cavalo tinha medo de entrar naquele buraco escuro porque ele não sabia se poderia sair dali. O fato de ser trancado lá dentro e sair chacoalhando por aí sem poder sair confirma seu temor inicial. Fica cada vez mais difícil colocá-lo de novo em um caminhão...

A única maneira de ajudar o cavalo a perder o medo é mostrar-lhe que ele pode sair dali. Isso significa embarcar e desembarcar várias vezes. O ideal é que se comece quando o cavalo é bem jovem e mais fácil de dominar. Muitas pessoas costumam carregar e descarregar potros bem jovens junto com suas mães dentro dos caminhões para que eles as sigam e percam o medo do "buraco escuro". Mas se seu cavalo já é mais velho, tire uma tarde ou um dia sem pressa nenhuma simplesmente para embarcá-lo e desembarcá-lo. A primeira vez vai levar algum tempo. Assim que você conseguir embarcá-lo sem agressão, agrade-o, dê-lhe uma guloseima e tire-o do caminhão. Repita. Repita. Repita. Você vai perceber que cada vez vai levar menos tempo para embarcar seu animal. Depois desta fase, você pode experimentar pará-lo sobre a rampa, agradá-lo e sair sem entrar totalmente e depois entrar e deixá-lo alguns minutos amarrado lá dentro, ficando ao lado dele para acalmá-lo.

A meta de todo esse processo é conseguir com que o cavalo se sinta confortável com o processo e assegurar-lhe de que ele vai SAIR do caminhão. Essa é a técnica que melhor funciona com cavalos que se atiram para trás ao entrar nos caminhões e com aqueles que quando a porta se abre enlouquecem para sair e ao serem desamarrados saem atropelando quem está segurando o cabo.

Passear os cavalos puxados no cabo ou mesmo montados pelo embarcador sem o caminhão também é uma boa idéia, para que ele se acostume com a pequena rampa e com o local de embarque sem a presença do caminhão.

Utilize-se também do "sentido de manada" que é muito forte, especialmente em cavalos jovens. Eles temem ficar sozinhos "sem a turma" em uma situação perigosa. Assim, sempre embarque o animal mais experiente na frente do jovem ou do temeroso. Muitas vezes, o medo de ficar só é maior do que o medo do "buraco escuro" onde seu companheiro desapareceu. No desembarque SEMPRE retire do caminhão o cavalo inexperiente antes. Se ele ficar sozinho lá dentro sem seus companheiros ele provavelmente ficará muito nervoso ou mesmo entrará em pânico.



DILEMAS DE TREINAMENTO

Treinamento é a regra da segurança. Quanto melhor treinado o cavalo, menor a probabilidade dele se machucar ou machucar alguém.

Antes de apresentar um caminhão ou trailer para seu cavalo, deve-se prestar atenção em como seu cavalo se comporta conduzido pelo cabo ou guia. Se você não tem um bom controle de seu cavalo em situações corriqueiras, seguramente você terá problemas quando quiser colocá-lo no caminhão. Seu cavalo deve ser capaz de seguir ao seu lado tranqüilamente, parar e esperar, virar para os dois lados e recuar quando você pedir sem qualquer reação. Essas manobras devem ser repetidas em vários tipos de terreno. Também é importante que o cavalo esteja acostumado a cruzar calmamente ao seu lado por portas, passagens, portões, poças de água e obstáculos. Esse treinamento é importante para reforçar a confiança do animal nele mesmo e em você como líder.

Ao tentar embarcar o cavalo relutante, jamais fique próximo demais de sua garupa e NUNCA tente fazer com que ele se mova para frente com um tapa na garupa. Parece ridículo dizer uma coisa dessas, mas todos os dias pessoas experientes fazem isso.

Outra técnica perigosíssima é a "corda humana" onde duas pessoas cruzam os braços por trás do cavalo e o empurram para dentro do caminhão. Se o cavalo se jogar para trás ou der um coice é o fim da brincadeira.

Menos perigoso para os ajudantes é passar uma corda por trás dos quartos do animal e ficar com uma ponta de cada lado da entrada não permitindo que o cavalo venha para trás. Claro que se ele realmente quiser vir para trás não serão duas pessoas que terão força para segurá-lo e normalmente as cordas queimam as mãos dos assistentes e o cavalo se enrosca nas cordas.

Preferentemente não sede cavalos para viajar. Cavalos sedados não são senhores de seus movimentos e tem muito maior probabilidade de se machucarem e machucarem quem está em volta. Podem ainda perder o equilíbrio durante a viagem e cair no caminhão.



VEÍCULOS-ARMADILHAS
Literalmente, os cavalos vêem os caminhões e trailers como armadilhas. Percepção que é muito aumentada quando o teto é muito baixo, a entrada é muito estreita ou o interior do veículo está totalmente escuro. Mesmo um cavalo acostumado a embarcar pode se recusar a entrar em um local muito apertado ou muito escuro.

Um caminhão proporcional, um embarcador bem iluminado e luz dentro do caminhão podem resolver uma grande parte dos problemas de embarque.

A melhor maneira de embarcar um cavalo é que o ambiente esteja calmo, com no máximo dois ajudantes, que ele seja guiado por alguém que ele conheça com alguma coisa de que ele goste nas mãos (açúcar, cenoura). A cada passo que ele der em direção do caminhão, deve ser encorajado com voz calma, agrados e uma recompensa para que relaxe e se distraia. Leve o tempo que levar. A paciência é muito importante.

Só force o movimento para frente quando sentir que o cavalo abaixou a cabeça e relaxou a musculatura. Passo a passo. Os ajudantes devem ficar em ambos os lados quietos, sem agredir o cavalo, a uma distância segura, pressionando apenas com a sua presença o cavalo para frente.



DICAS PARA UM EMBARQUE SEGURO:

Sem quinas ou pontas - dê a volta em todo o veículo e embarcador e passe a mão nas portas, janelas, divisórias, argolas de amarrar, correntes e cabos para encontrar locais potencialmente perigosos e conserte ou cubra.

Portas internas - o caminhão deve possuir portas de divisória bem encaixadas e com fácil sistema de liberação em caso de emergência. Cabos com mosquetão de segurança - importantíssimo evitar amarrar o cavalo diretamente nas correntes comumente encontradas no caminhão. É quase impossível soltar esse tipo de mosquetão em caso de emergência.

Caminhões inteiramente fechados, apesar do calor, são muito mais seguros que caminhões abertos, onde um cavalo desesperado pode "ver" uma saída que não existe e tentar se atirar por um vão ou por cima. Portas tipo "boiadeiro", onde o cavalo tem de se abaixar para entrar são um convite ao perigo e esses caminhões não devem ser utilizados para transporte de eqüinos.

Ambiente não claustrofóbico - o caminhão e o box interno devem servir ao tamanho do cavalo. Cavalos crioulos, mangalargas e mesmo PSIs são menores do que cavalos de salto. Tenha isso em mente quando contratar um caminhão preparado para outra raça para transportar seu cavalo.

Uma boa rampa - muito importante para dar firmeza e confiança para o cavalo que embarca. Não deve ser muito curta para que a inclinação não seja muito forte e também deve ter piso antiderrapante para evitar escorregões. Ainda não pode ser empenada, onde uma ponta fica no solo e outra ponta fica no ar, e quando o cavalo pisa ela se move e faz barulho assustando o animal e ainda levantando uma ponta de ferro onde o cavalo pode se ferir. A rampa deve ser preferentemente protegida com guarnições laterais para evitar que o cavalo possa cair para os lados. Na dobradiça da tampa deve ser colocada uma proteção de madeira para evitar que o cavalo coloque uma pata no buraco.

Um bom embarcador - iluminado, com bom piso, largo com laterais protegidas e altura compatível com a rampa do caminhão sempre serão um convite para o cavalo embarcar e uma segurança para as pessoas e animais.

Proteções - para levar um cavalo em um caminhão para qualquer lugar, sempre proteja suas patas. Lembre-se de que os acidentes acontecem no embarque ou desembarque, não interessa o tempo de viagem. O preço de um bom jogo de protetores de viagem é bem menor do que o da visita do veterinário e dos remédios... O tipo de protetor ideal é o que cobre até o casco, cobrindo os talões e sobe até o alto das canelas. Leve também em conta que protetores muito grossos podem esquentar demais em temperaturas altas e deixar o animal nervoso. Se o protetor não cobrir o casco, devem ser colocados cloches para protegê-los e evitar pisaduras. Sempre retire os rampões das ferraduras antes de embarcar.

Caminhão tipo boiadeiro não é para usado no transporte de eqüinos

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pastagem para Equinos e Muares


As pastagens por constituírem há milhares de anos o alimento natural dos eqüinos, seu complexo sistema digestivo adaptou-se anatômica e fisiologicamente para sua transformação em fonte de energia, proteína e para suprir suas necessidades de nutrição via pastagens.

Com o incremento da estabulação e dos esportes eqüestres, os cavalos começaram a receber uma nutrição muitas vezes incompatível com sua capacidade de digestão e conversão, resultando como conseqüência mais grave a síndrome cólica, além das diarréias, aguamento, anemia etc.

A respeito da fisiologia digestiva, enquanto nos bovinos (ruminantes) a assimilação de toda a energia dos carboidratos fibrosos dos vegetais ocorre no complexo “rúmen”; enquanto a dos eqüinos (não ruminantes) é no intestino grosso (ceco funcional), local de abrigo dos microorganismos, destinados a realizar a digestão desses alimentos volumosos.

Por este motivo, toma-se importante a ingestão da fração fibra, responsável pelo equilíbrio e bom funcionamento do sistema digestivo e uma boa nutrição. Como a pastagem é a principal fonte de fibra da alimentação eqüina, associada ao bom valor nutritivo e ao custo mais baixo, não se deve desprezá-la nos mais diversos programas nutricionais.

A oferta de alimentos de alta qualidade, tanto de pastagens quanto de suplementação concentrada, possui seus benefícios comprovados, pois garante crescimento saudável e excelente condição física dos animais. Na avaliação das espécies forrageiras para formação das pastagens para os eqüinos, devemos considerar seu hábito de pastejo e fisiologia digestiva, que são diferentes dos outros animais herbívoros. O pastejo dos eqüinos consiste na apreensão dos alimentos pelo lábio superior, usando os dentes para o corte da forragem, auxiliado pelos movimentos da cabeça. Nos bovinos esta apreensão é realizada pela língua que enrola a vegetação prensando-a no palato superior (céu da boca) arrancando-a com um pequeno movimento da cabeça.

Características desejáveis da Pastagem

Com este tipo de pastejo rente ao solo, é importante a escolha adequada de uma espécie forrageira que tenha hábito de crescimento rasteiro. Como por exemplo, as espécies de estoloníferas ou semidecumbentes, no qual o tipo de pastejo causa menor dano ao meristema apical da planta proporcionando um melhor rebrote e persistência das pastagens, uma vez que estão menos expostos, dificultando seu corte.

Pastagens com crescimento cespitoso e com o meristema apical mais alto devem receber mais atenção no manejo do pastejo. Neste caso, não permitir que os animais pastegem muito baixo as pastagens, pois com uma desfolhação muito intensa acarretará a remoção do meristema apical, resultando na paralisação de seu crescimento. Caso não houver adubações nitrogenadas logo após o pastejo a rebrota será muito mais lenta, pois ocorrerá a partir de gemas basais ou axilares, prejudicando assim a produção e a vida útil da pastagem.

Outras características desejadas nas pastagens são:

1 – Crescimento agressivo (capacidade de crescer e fechar a área rapidamente);

2 – Resistência ao pisoteio;

3 – Alto valor nutritivo;

4 – Baixa exigência de fertilidade do solo;

5 – Boa palatabilidade;

6 – Adaptável às condições climáticas da região.

Escolha da pastagem

Por ser um país de proporções continentais, o Brasil possui uma diversidade de clima e fertilidade do solo, responsáveis pelas diferenças na adaptabilidade de uma mesma espécie em diferentes regiões do país.

A composição das forragens varia muito com o estádio vegetativo da planta, com a fertilidade e tipo do solo, regime de chuvas, temperatura, umidade do ar, latitude, altitude, sistema de pastoreio, praguejamento, espécie forrageira, etc.

Com essa ampla variedade de fatores influenciando a composição nutritiva e produção das forragens, pode-se afirmar que não há uma espécie forrageira ideal, e sim dentro das características desejáveis já citadas, ocorra à escolha da espécie mais adaptada a região e ao manejo adotado (adubação, rotação de pastagens, irrigação, taxa de lotação, etc.).

Preparo do solo para formação da pastagem

Antes do plantio, deve-se tomar providencias para uma melhor germinação tanto das sementes ou das mudas plantadas. A coleta de amostra do solo para análise em laboratório, tem grande importância para a determinação das suas condições de fertilidade e pH. De acordo com os resultados, recomenda-se a correção do pH do solo, de preferência 60 dias antes do plantio, e a adubação adequada para que o solo esteja apto para proporcionar o rápido crescimento e persistência da forrageira cultivada.

É também importante para o sucesso na implantação de uma pastagem fazer a retirada das plantas daninhas perenes antes da floração, para que não reproduzindo, impeça a reinfestação, possibilitando maior controle da qualidade das pastagens.

Forrageiras

Informações sobre as espécies de gramíneas para a formação de pastagens é de grande importância na alimentação eqüina.

Estrela Africana (Cynodon Plectostachyus)
Espécie de crescimento prostrado tolera bem solos de textura argilo-arenosa. Extremamente resistente ao super pastejo, apresenta valor nutritivo bom e notável capacidade de cobrir terreno. Regra geral não recomendada para fenação, devido ao seu “talo” (formação excessiva de hastes) ser grosso dificultando a perda de água.

Coast – Cross (Cynodon Dactylon)
O coast-cross é uma forrageira perene, subtropical, híbrida, desenvolvida na Geórgia, EUA, pelo cruzamento entre espécies de Cynodon (grama-bermuda). É resistente ao frio, tolerando bem geadas. Apresenta bom valor nutritivo (teor protéico: 12 a 13%), alta produção (20 a 30 t/ha/ano de matéria-seca) e alto nível de digestibilidade (60 a 70%). Por apresentar alta relação folha/haste e responder vigorosamente à adubação, constitui-se em excelente opção para fenação. Seu hábito prostrado e estolonífero lhe assegura maior persistência.

Tifton 85 (Cynodon SP)
 Gramínea do gênero Cynodon sp, híbrido estéril resultante do cruzamento da TIFTON – 68 com a espécie Bermuda Grass da África do Sul Gramínea perene estolonífera com grande massa folhear, rizomas grossos, que são os caules subterrâneos que mantêm as reservas de carboidratos e nutrientes que proporcionam a sua incrível resistência a secas, geadas, fogos e pastejos baixos. Pode ser plantada tanto em regiões frias, quanto em regiões quentes de clima subtropical e tropical, ou seja, em todo território nacional, em solos arenosos, mistos e argilosos (não alagados), devidamente corrigidos e adubados. O grande diferencial dessa forrageira é o poder de rebrota no período de temperaturas baixas, o Tifton 85 rebrota até temperaturas de 12 graus celsius enquanto a grande maioria das forrageiras tropicais rebrota somente acima de 15 graus.

Tifton 68 (Cynodon sp)
O tifton 68 é uma gramínea forrageira tropical obtida a partir de melhoramentos genéticos realizados com o gênero Cynodon nas universidades da Geórgia e da Flórida, nos Estados Unidos. Apresenta as mesmas características o tifton 85 apresentado acima.

Braquiárias

Capins do gênero brachiaria devem ser evitados na formação de pastagens para eqüinos, pois algumas espécies (brachiaria decumbens) são rejeitas pelos animais. Algumas causam fotossenbilização hepatógena principalmente nas partes despigmentadas dos animais (brachiaria humidicola), além de apresentarem alto teor de oxalato, que seqüestra o cálcio tornanndo-o indisponível para o animal.

A doença conhecida como “cara inchada” (hiperparatireoidismo nutricional secundário), é caracterizada por um inchaço bilateral dos ossos da face, e é causada pelo alteração da relação Ca:P. Para tentar restabelecer a quantidade de cálcio no sangue o organismo libera o PTH (hormônio da paratireóide), que mobiliza o cálcio dos ossos para a corrente sanguínea.

O cálcio retirado dos ossos é substituído por um tecido cicatricial fibroso, que provoca aumento de volume dos ossos da face. Embora irreversíveis, essas lesões podem ser controladas quando detectadas.

Outras espécies como o capim kycuiu (pennisetum clandestinum), Setaria anceps cv. Kazungula, Panicum maximum cv. Colonião, Digitaria decumbens cv. Transvala também devem ser evitadas pelo seu alto teor de oxalato.