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sexta-feira, 3 de maio de 2013




Sertanejo... Música caipira, música raiz, sertanejo romântico, sertanejo universitário. Muitos são os rótulos para a música sertaneja que pode ser considerada o estilo mais eclético e que tem a capacidade de unir os mais variados sons em suas canções. Comemorado neste 3 de maio, "Dia do Sertanejo", o gênero atravessou décadas, conquistou gerações e nunca esteve tão em evidência tanto dentro quanto fora do Brasil.

O Dia do Sertanejo
Em 1960, violeiros seguiam anualmente em romaria para a cidade de Aparecida (SP), para assistir a um dia de missas. Quatro anos mais tarde, Geraldo Meireles, o "Marechal da Música Sertaneja" (na época ele estava começando a surgir no cenário sertanejo), propôs que os violeiros passassem a se encontrar todo ano em uma mesma data, para que pudesse ser instituído o "Dia do Sertanejo".

Com o apoio da Rádio Aparecida e a aceitação dos violeiros, no dia 3 de maio de 1964, Meireles levou a dupla Tonico & Tinoco para se apresentar na cidade e, desde então, a data ficou registrada como "O Dia do Sertanejo".

História
Ao longo de sua história, iniciada ainda em torno de 1910, conforme o jornalista e escritor Cornélio Pires retratou em seu livro "Sambas e Cateretês", muitas foram as influências musicais que ao longo dos anos foram incorporadas ao estilo sertanejo. As primeiras duplas a se destacar no então cenário genuíno caipira foram Zico Dias &; Ferrinho, Laureano & Soares, Mandi & Sorocabinha, Mariano & Caçula, Tônico & Tinoco, entre outras.

Gradualmente, as modificações melódicas e temáticas (do rural para o urbano) e a adição de novos instrumentos musicais, além da viola, consolidaram nas décadas seguintes novos estilos na música.

Ainda no início da carreira, Milionário & José Rico incorporaram o uso de elementos da tradição mexicana mariachi com floreios de violino e trompete em suas canções. Outras duplas continuavam a surgir, como Pena Branca & Xavantinho, além do cantor Tião Carreiro – que logo depois faria dupla com Pardinho e inovava ao fundir o gênero com samba e calango de roda.

Outra importa transformação no estilo aconteceu com a dupla Léo Canhoto & Robertinho, que inovou colocando o som da guitarra em suas canções. Na década de 80, os locais dos shows da música sertaneja eram originalmente o circo, alguns rodeios e principalmente as rádios AM. Já a partir da década de 1980, essa penetração estendeu-se às rádios FM e também à televisão.

Artistas como Sérgio Reis, Renato Teixeira, Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano, Chrystian & Ralf, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, João Mineiro & Marciano, Gian & Giovani, Rick & Renner, Gilberto & Gilmar, Roberta Miranda, entre outros começavam a se despontar com canções românticas.

Discussões à parte, foi a partir desse momento que a música sertaneja deixou de ser apenas uma forma de mostrar lindas canções que retratavam a humildade e história do homem do sertão para chamar atenção de empresários, investidores que viram na música uma forma de ganhar dinheiro com o então "Sertanejo Universitário".

O sertanejo passa a receber tendências de vários estilos mais comerciais, como o country americano, axé, pagode, funk, além de estilos com raízes mais populares, como o "arrocha". Tais misturas vêm sendo duramente criticadas, principalmente pelas duplas mais antigas, por descaracterizar a música sertaneja em praticamente todas as suas instâncias: letra, melodia e qualidade vocal.

Nesta nova "fase da música sertaneja", nomes como Guilherme & Santiago, Bruno & Marrone, João Bosco & Vinícius, César Menotti & Fabiano, Jorge & Mateus, Victor & Leo, Fernando & Sorocaba, João Neto & Frederico, Gusttavo Lima, Luan Santana, Cristiano Araújo, Paula Fernandes, Michel Teló, entre outros artistas ganham força e são destaque no mercado nacional e internacional.

É fato que a música sertaneja, assim como tudo na sociedade, ao longo dos anos foi se transformando. E, com isso, novos estilos foram inseridos ao som, muitos deles para agradar ao consumismo do próprio público, que também se transformou. E, nos próximos anos, a tendência é que o estilo siga mudando, se "atualizando", porém a essência e a raiz do estilo sertanejo, de décadas, estão cravadas na história e fazem parte da geração de cada um.

Leia mais em:
http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2013/05/03/no-dia-do-sertanejo-conheca-a-historia-do-estilo-musical-que-comecou-na-viola.htm
http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/05/no-dia-do-sertanejo-potiguares-contam-historias-do-campo.html

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Ferrageamento Corretivo

Atualmente para correção de problemas de desnivelamento mais sério nos cascos temos ferraduras com um parafuso nos talões (parte de trás dos cascos) que o ferreiro poderá regular da maneira que achar conveniente e assim corrigir problemas de joelhos abetos ou fechados comuns em animais de marcha, evitando aquele ferrageamento com meia ferradura que era utilizada há tempos atrás e trazia problemas sérios ao animal com o passar do tempo.

Pequenas alterações nas angulações do cavalo de marcha poderão ser terríveis em relação à qualidade da marcha, principalmente nos cascos anteriores. Por isso devemos avaliar muito bem a qualidade e formato dos cascos, desbalanceamento, desvios de aprumos, ângulo de inclinação das quartelas e espáduas, ângulo de inclinação das pernas e dos jarretes além de eventuais deficiências na marcha.


Correções nos tipos de andamento:
Na andadura podemos tentar o seguinte, ferrar as mãos com ferraduras mais pesadas e os pés com ferraduras mais leves ou até sem ferraduras nos posteriores (pés). A segunda tentativa seria a de deixar os talões (parte de trás dos cascos) maiores lembrando sempre dos 3° limites acima do considerado normal para cada cavalo.

Na marcha trotada já é o contrário da andadura, devemos utilizar ferraduras leves nas mãos e pesadas nos pés, podemos também tirar mais cascos nos talões deixando a pinça maior.


Ferraduras de Alto Desempenho:
As ferraduras de alto desempenho ainda não são rotineiramente utilizadas para cavalos de marcha no Brasil. As tradicionais são as ferraduras de pinça quadrada, que exercem a função básica de proporcionar mais retidão aos deslocamentos, o que se reveste de especial importância nos julgamentos de morfologia, na etapa da avaliação dos aprumos. Também servem para melhorar o estilo da marcha, além de eventuais ganhos na regularidade e desenvolvimento. Outros tipos de ferraduras de alto desempenho são as frisadas, que favorecem a melhor aderência, o que pode ser vantajoso em pistas escorregadias.  Os desenhos de frisos são variados.

Independente de qual seja o andamento desejável, ferreiros nunca devem esquecer os princípios que fundamentam esta técnica especializada que é o ferrageamento. Alguns destes princípios:

- As ferraduras devem estar em tamanho apropriado para os cascos, proporcionando suporte homogêneo ao redor dos quartos e talões;

- Não pode haver sobras de ferraduras. Estas são como a continuação dos cascos;

- Não se prepara o casco para a ferradura, mas sim a ferradura para o casco;

- O ângulo do casco não deve variar mais do que três graus em relação ao ângulo natural, sob pena de provocar afecções. Nestes casos, o cavalo precisa se acostumar com a mudança de angulação, que traz estresse imediato sobre os tendões.

Qualquer artifício tende a representar solução temporária. A solução permanente é selecionar bons marchadores, de cascaria saudável e bem conformada, bem aprumados, de forte constituição ósseo-muscular, submetidos a um manejo profissionalmente conduzido.


Ferraduras mais apropriadas:
Devemos utilizar ferraduras com 5 ou 6 furos em cada metade da ferradura para podermos realizar as correções, principalmente em animais chamados de “remadores” (que jogam as mãos para fora ao marcharem). A correção deste problema é bem simples e segue o princípio do pêndulo, a pinça voa para o lado mais pesado do casco, sendo assim para balancearmos o casco devemos colocar mais cravos na parte interna da ferradura, por isso o uso de ferraduras com 6 craveiras é mais indicado.

Não deixe, também, de devolver o “vernis” das partes lixadas, após a aparação do casco, usando o Cascotônico.

Matéria escrita sob orientação de artigos escritos por Lúcio Sérgio de Andrade formado em Zootecnia pela UFLA – Universidade Federal de Lavras - MG, com curso de especialização na Texas A&M University – USA, pesquisador, escritor, produtor de vídeos tecno-educativos, instrutor de cursos, arbitro de equídeos marchadores.

Matéria montada por: Alexandre Werner Breder - Integrante do Blog de Medicina Veterinária Univértix.

Fonte: http://equipeveterinariafv2010.blogspot.com.br/search/label/Informa%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20Equinos