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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Horseball


Horseball é um esporte equestre que pode ser associado ao HandBall, com a diferença de ser jogado à cavalo. Os competidores montados trocam passes de bola até alcançar o objetivo final, o gol. O esporte nasceu e se desenvolveu na França durante a década de 70, e em 1990 o esporte chegou a outros países europeus. Atualmente, participam ativamente no desenvolvimento do esporte segundo a Federação Internacional de Horse-Ball a Argentina, Áustria, Austrália, Alemanha, China, Brasil, Bélgica, Canadá, Espanha, Finlândia, França, Israel, Inglaterra, Itália, México, Portugal & USA. 


O horseball é uma modalidade mista onde jogam homens e mulhers, sendo duas equipes de quatro jogadores cada. Estes atletas precisam pegar a bola no chão sem desmontar do cavalo. A bola tem 8 alças para ajudar e fazer com que esse movimentos possam ter muita agilidade e destreza. Os cavaleiros contam com um instrumento, cilha de estribo, que apresenta uma regulagem que permite que esses atletas praticamente saiam do cavalo, porém não desmontem do animal, o que permite manobras que entusiasmam os espectadores.


O objetivo do jogo é marcar golos, numa baliza a 3.5 metros do chão medidos pela parte do aro mais perto do chão em um campo com dimensão de 65 x 25 metros. Tendo a posse de bola, a equipe precisa de efetuar três passes, entre três jogadores diferentes, antes de poder finalizar e marcar gol.


As raças atualmente que praticam esse esporte são principalmente cavalos Puro Sangue Inglês, Quarto de Milha, entretanto qualquer raça treinada que seja veloz e de boa índole pode participar desse esporte.


Fonte: Site da Federação Equestre Portuguesa; Site da Federação Internacional Horseball e Site da Associação Brasileira dos Clubes de HorseBall

sexta-feira, 3 de maio de 2013




Sertanejo... Música caipira, música raiz, sertanejo romântico, sertanejo universitário. Muitos são os rótulos para a música sertaneja que pode ser considerada o estilo mais eclético e que tem a capacidade de unir os mais variados sons em suas canções. Comemorado neste 3 de maio, "Dia do Sertanejo", o gênero atravessou décadas, conquistou gerações e nunca esteve tão em evidência tanto dentro quanto fora do Brasil.

O Dia do Sertanejo
Em 1960, violeiros seguiam anualmente em romaria para a cidade de Aparecida (SP), para assistir a um dia de missas. Quatro anos mais tarde, Geraldo Meireles, o "Marechal da Música Sertaneja" (na época ele estava começando a surgir no cenário sertanejo), propôs que os violeiros passassem a se encontrar todo ano em uma mesma data, para que pudesse ser instituído o "Dia do Sertanejo".

Com o apoio da Rádio Aparecida e a aceitação dos violeiros, no dia 3 de maio de 1964, Meireles levou a dupla Tonico & Tinoco para se apresentar na cidade e, desde então, a data ficou registrada como "O Dia do Sertanejo".

História
Ao longo de sua história, iniciada ainda em torno de 1910, conforme o jornalista e escritor Cornélio Pires retratou em seu livro "Sambas e Cateretês", muitas foram as influências musicais que ao longo dos anos foram incorporadas ao estilo sertanejo. As primeiras duplas a se destacar no então cenário genuíno caipira foram Zico Dias &; Ferrinho, Laureano & Soares, Mandi & Sorocabinha, Mariano & Caçula, Tônico & Tinoco, entre outras.

Gradualmente, as modificações melódicas e temáticas (do rural para o urbano) e a adição de novos instrumentos musicais, além da viola, consolidaram nas décadas seguintes novos estilos na música.

Ainda no início da carreira, Milionário & José Rico incorporaram o uso de elementos da tradição mexicana mariachi com floreios de violino e trompete em suas canções. Outras duplas continuavam a surgir, como Pena Branca & Xavantinho, além do cantor Tião Carreiro – que logo depois faria dupla com Pardinho e inovava ao fundir o gênero com samba e calango de roda.

Outra importa transformação no estilo aconteceu com a dupla Léo Canhoto & Robertinho, que inovou colocando o som da guitarra em suas canções. Na década de 80, os locais dos shows da música sertaneja eram originalmente o circo, alguns rodeios e principalmente as rádios AM. Já a partir da década de 1980, essa penetração estendeu-se às rádios FM e também à televisão.

Artistas como Sérgio Reis, Renato Teixeira, Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano, Chrystian & Ralf, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, João Mineiro & Marciano, Gian & Giovani, Rick & Renner, Gilberto & Gilmar, Roberta Miranda, entre outros começavam a se despontar com canções românticas.

Discussões à parte, foi a partir desse momento que a música sertaneja deixou de ser apenas uma forma de mostrar lindas canções que retratavam a humildade e história do homem do sertão para chamar atenção de empresários, investidores que viram na música uma forma de ganhar dinheiro com o então "Sertanejo Universitário".

O sertanejo passa a receber tendências de vários estilos mais comerciais, como o country americano, axé, pagode, funk, além de estilos com raízes mais populares, como o "arrocha". Tais misturas vêm sendo duramente criticadas, principalmente pelas duplas mais antigas, por descaracterizar a música sertaneja em praticamente todas as suas instâncias: letra, melodia e qualidade vocal.

Nesta nova "fase da música sertaneja", nomes como Guilherme & Santiago, Bruno & Marrone, João Bosco & Vinícius, César Menotti & Fabiano, Jorge & Mateus, Victor & Leo, Fernando & Sorocaba, João Neto & Frederico, Gusttavo Lima, Luan Santana, Cristiano Araújo, Paula Fernandes, Michel Teló, entre outros artistas ganham força e são destaque no mercado nacional e internacional.

É fato que a música sertaneja, assim como tudo na sociedade, ao longo dos anos foi se transformando. E, com isso, novos estilos foram inseridos ao som, muitos deles para agradar ao consumismo do próprio público, que também se transformou. E, nos próximos anos, a tendência é que o estilo siga mudando, se "atualizando", porém a essência e a raiz do estilo sertanejo, de décadas, estão cravadas na história e fazem parte da geração de cada um.

Leia mais em:
http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2013/05/03/no-dia-do-sertanejo-conheca-a-historia-do-estilo-musical-que-comecou-na-viola.htm
http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/05/no-dia-do-sertanejo-potiguares-contam-historias-do-campo.html

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Ferrageamento Corretivo

Atualmente para correção de problemas de desnivelamento mais sério nos cascos temos ferraduras com um parafuso nos talões (parte de trás dos cascos) que o ferreiro poderá regular da maneira que achar conveniente e assim corrigir problemas de joelhos abetos ou fechados comuns em animais de marcha, evitando aquele ferrageamento com meia ferradura que era utilizada há tempos atrás e trazia problemas sérios ao animal com o passar do tempo.

Pequenas alterações nas angulações do cavalo de marcha poderão ser terríveis em relação à qualidade da marcha, principalmente nos cascos anteriores. Por isso devemos avaliar muito bem a qualidade e formato dos cascos, desbalanceamento, desvios de aprumos, ângulo de inclinação das quartelas e espáduas, ângulo de inclinação das pernas e dos jarretes além de eventuais deficiências na marcha.


Correções nos tipos de andamento:
Na andadura podemos tentar o seguinte, ferrar as mãos com ferraduras mais pesadas e os pés com ferraduras mais leves ou até sem ferraduras nos posteriores (pés). A segunda tentativa seria a de deixar os talões (parte de trás dos cascos) maiores lembrando sempre dos 3° limites acima do considerado normal para cada cavalo.

Na marcha trotada já é o contrário da andadura, devemos utilizar ferraduras leves nas mãos e pesadas nos pés, podemos também tirar mais cascos nos talões deixando a pinça maior.


Ferraduras de Alto Desempenho:
As ferraduras de alto desempenho ainda não são rotineiramente utilizadas para cavalos de marcha no Brasil. As tradicionais são as ferraduras de pinça quadrada, que exercem a função básica de proporcionar mais retidão aos deslocamentos, o que se reveste de especial importância nos julgamentos de morfologia, na etapa da avaliação dos aprumos. Também servem para melhorar o estilo da marcha, além de eventuais ganhos na regularidade e desenvolvimento. Outros tipos de ferraduras de alto desempenho são as frisadas, que favorecem a melhor aderência, o que pode ser vantajoso em pistas escorregadias.  Os desenhos de frisos são variados.

Independente de qual seja o andamento desejável, ferreiros nunca devem esquecer os princípios que fundamentam esta técnica especializada que é o ferrageamento. Alguns destes princípios:

- As ferraduras devem estar em tamanho apropriado para os cascos, proporcionando suporte homogêneo ao redor dos quartos e talões;

- Não pode haver sobras de ferraduras. Estas são como a continuação dos cascos;

- Não se prepara o casco para a ferradura, mas sim a ferradura para o casco;

- O ângulo do casco não deve variar mais do que três graus em relação ao ângulo natural, sob pena de provocar afecções. Nestes casos, o cavalo precisa se acostumar com a mudança de angulação, que traz estresse imediato sobre os tendões.

Qualquer artifício tende a representar solução temporária. A solução permanente é selecionar bons marchadores, de cascaria saudável e bem conformada, bem aprumados, de forte constituição ósseo-muscular, submetidos a um manejo profissionalmente conduzido.


Ferraduras mais apropriadas:
Devemos utilizar ferraduras com 5 ou 6 furos em cada metade da ferradura para podermos realizar as correções, principalmente em animais chamados de “remadores” (que jogam as mãos para fora ao marcharem). A correção deste problema é bem simples e segue o princípio do pêndulo, a pinça voa para o lado mais pesado do casco, sendo assim para balancearmos o casco devemos colocar mais cravos na parte interna da ferradura, por isso o uso de ferraduras com 6 craveiras é mais indicado.

Não deixe, também, de devolver o “vernis” das partes lixadas, após a aparação do casco, usando o Cascotônico.

Matéria escrita sob orientação de artigos escritos por Lúcio Sérgio de Andrade formado em Zootecnia pela UFLA – Universidade Federal de Lavras - MG, com curso de especialização na Texas A&M University – USA, pesquisador, escritor, produtor de vídeos tecno-educativos, instrutor de cursos, arbitro de equídeos marchadores.

Matéria montada por: Alexandre Werner Breder - Integrante do Blog de Medicina Veterinária Univértix.

Fonte: http://equipeveterinariafv2010.blogspot.com.br/search/label/Informa%C3%A7%C3%B5es%20sobre%20Equinos

sábado, 16 de março de 2013

Computador analisa marcha de cavalo com câmeras de alta velocidade

Raça dos campeiros é também conhecida como o marchador das araucárias.
O andar é tão macio que um cavaleiro consegue equilibrar um copo de leite.

O Brasil tornou-se um país privilegiado em cavalos. Não havia nenhum em 1500, quando Cabral chegou. Mas as tropas que os europeus trouxeram, aqui se adaptaram, se multiplicaram e, hoje, só de marchadores, temos seis raças oficialmente reconhecidas.
Existem basicamente cinco movimentos do cavalo. Tem o galope suave, que é chamado de cânter; e o veloz que leva à disparada. O passo, mais lento, faz ele sair da inércia, da parada, e é igual em qualquer tipo de raça.
 
Os movimentos intermediários dependem da coordenação motora do cavalo.
No trote, o animal se movimenta em diagonal: levanta ao mesmo tempo a mão de um lado e pé do outro. E troca. Dando tipo de um pulinho com um tempo de suspensão no ar.
Tem cavalo que sai do passo e entra na andadura. Faz movimento lateral, levanta de uma vez os membros do mesmo lado, depois, alterna com o outro.
 O de maior conforto para o cavaleiro é a marcha, de locomoção super elaborada. Na verdade, é o passo acelerado. São sequências do que os técnicos chamam de “tríplices apoios”, alternados com apoios laterais e diagonais.
No Haras da Marcha, em Itu, SP, da criadora Neringa Sacchi, os engenheiros eletrônicos Carlos Schelim e Adalton Toledo conduziram a pesquisa que resultou no aparelho batizado de Analoc - Analisador de Locomoção.
Trabalha com uma câmera de vídeo que filma o animal marchando numa pista plana. As imagens são interpretadas por um programa de computador que magnifica a visão da cena.
 
Schelim lembra que o olho humano enxerga um máximo de 30 quadros por segundo. Só que o cavalo mexe as patas muito mais rápido. O programa do computador extrapola a leitura para até 180 quadros por segundos.
 Adalton Toledo revela que um cavalo em marcha, a 12 km/h, numa única passada completa faz oito movimentos no curtíssimo espaço de meio segundo.
O gráfico do computador demonstra bem o diagrama do rastro: ele vai intercalando tríplices apoios com apoios laterais e diagonais. Sendo que a cada meio segundo chega a ficar quatro vezes com três cascos no chão.
Conclusão: na marcha, o animal passa 60% do tempo apoiado, nunca perdendo o contato com o chão.
 
Campeiro
O feito de uma cavaleira sulista de Santa Catarina, do município de Curitibanos, consegue impressionar. Embora montando um garanhão, que normalmente é mais fogoso que um castrado, Mariana Becker equilibra um copo com leite na copa do chapéu por quantas voltas quiser, tal é a maciez do andamento.
O garanhão é um típico representante da raça dos campeiros. O campeiro é o caçula entre os marchadores, pois é a raça reconhecida mais recentemente, em 1985, apesar de ter pelo menos 400 anos de história.
O campeiro surgiu na região das florestas de pinheiro, por isso, ganhou o título de “O Marchador das Araucárias”. Todo fim de semana, no Planalto Catarinense, o que restou dos pinhais serve de moldura para animadas e confortáveis cavalgadas.
 
Ivadi de Almeida tem 90 anos e ainda pratica montaria. É filho, neto, bisneto de tropeiros, criador e negociante de cavalos. A descoberta do cavalo campeiro como raça se deu por acaso. Ivadi foi a São Paulo em 1964 com a intenção de trazer um garanhão para fazer melhoramento genético. Em uma exposição de mangalarga, ele acordou para o fato que o plantel de campeiro era único e não era bem o mangalarga como pensava.
 
Ele conta que a diferença principal é a origem, mais espanhola que portuguesa, e remonta ao ano de 1541.
O aventureiro Alvar Nuñes, o Cabeza de Vaca, foi nomeado governador da Província do Prata pelo rei da Espanha. Na viagem, parou em Florianópolis e seguiu por terra atravessando Santa Catarina até Assunção, no Paraguai. Da tropa que Cabeza de Vaca tinha trazido, alguns animais se desgarraram, outros foram cruzando com éguas fugidas dos primeiros criatórios argentinos e assim formou-se a base da raça que espontaneamente se desenvolveu nas montanhas de araucárias.
Quando Ivadi pediu a vistoria do Ministério da Agricultura, em 1985, os técnicos prontamente reconheceram a raça.
Um cavalo robusto, rústico, nem alto nem baixo, estatura média de 1,48 m, e um corpo que se encaixa perfeitamente no padrão internacional do animal de sela: o formato quadrado com proporções bem equilibradas de membros e linha de dorso.
 
Beatriz de Almeida, presidente da Associação dos Criadores do Cavalo Campeiro, lembra que o marchador das araucárias foi selecionado na lida do campo. É bom de serviço, cerca muito bem o gado e faz com perfeição a corrida para laçada. A raça hoje se expande em fazendas de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
 
 
Texto na íntegra com vídeo:
 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Marcha do cavalo é definida pelo código genético de cada raça

A raça pêga tem uma grande capacidade de transmitir o andar marchado.
Modernização da raça campolina deixa o animal menor e mais leve.


Entre as raças marchadoras brasileiras, há uma que não é de equinos, mas de asininos, a família dos asnos, das mulas e dos burros. O berço do jumento pêga é o município de Lagoa Dourada, na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais.

Em 1810, o padre Manuel Torquato experimentou cruzar jumentos das raças egípcia e siciliana. Depois de quase 40 anos de seleção, vendeu a tropa para o coronel Eduardo Resende que vivia na fazenda Engenho dos Cataguases. O coronel levou em frente a criação, padronizou, multiplicou a nova raça, perpetuando inclusive a mesma marca que o padre Torquato usava: o desenho de uma algema de escravos que era chamada de pêga.
 
O pêga guarda a marca ancestral que, na cultura cristã, lembra que o jumento é um animal sagrado. É a faixa crucial, que corta o fio do lombo do animal e desce pelos ombros. Na fuga para o Egito, Maria vai montada num jumento. O sinal cruzado seria o indicativo do xixi do menino Jesus.

Para o veterinário Rivaldo Nunes, da Associação Brasileira dos Criadores do Jumento Pêga, esta raça tem uma extraordinária capacidade de transmitir o andamento marchado. Quando se quer muar de marcha é o cruzamento recomendado. Para quem o assunto não é familiar, a gente lembra que é cruzando asinino com equino que se produz mulas e burros.

Mesmo com toda a mecanização que tem havido no Brasil nas últimas décadas, é grande ainda a demanda pelas tropas de muares. Animais de sela confortáveis e resistentes para cavalgada e todo tipo de serviço.

Campolina Das raças marchadoras brasileiras, a maior de todas é a campolina. O nível do dorso do animal tem quase a estatura de uma pessoa mediana. O conjunto cavalo-cavaleiro passa dos dois metros de altura. O cruzamento de éguas brasileiras com reprodutores de origem europeia, no tempo do império, gerou a raça conhecida como grande marchador brasileiro.

Campolina era o sobrenome de um fazendeiro, Cassiano, que, na segunda metade do século 19, morava em Entre Rios de Minas, a cerca de 100 quilômetros de Belo Horizonte. Seu Cassiano vivia na propriedade conhecida como Fazenda do Tanque. Rico, em 1860, ele ficou desgostoso quando perdeu uma cavalhada, a tradicional batalha folclórica entre mouros e cristãos. Resolveu, então, criar uma raça de cavalos mais altos e mais fortes para se sair melhor em futuros embates. No que foi ajudado pelo Imperador, que lhe mandou de presente uma égua por nome Medeia, prenha de um andaluz. Medeia pariu um potro espetacular, o lendário Monarca que veio a ser o padreador da Campolina, cujo sangue corre até hoje nos garanhões da raça.

Doutor Múcio Salomão, veterinário há 34 anos da Associação dos Criadores de Cavalo Campolina, explica que os cruzamentos resultaram em características marcantes: uma delas a cabeça grande, acarneirada; as orelhas em forma de ponta de lança; o pescoço levemente rodado; o dorso amplo; a garupa bem musculada e, apesar do porte, muita suavidade no andamento.

Oferecendo tanto a marcha batida, de dois tempos, cujo barulho se assemelha ao trote, mas tem o conforto do tríplice apoio. Bem como a marcha picada, de quatro tempos, mais apoiada no chão. O curioso é que Cassiano Campolina fez a nova raça mas morreu antes da desforra na cavalhada. Generoso, deixou toda a fortuna para a construção de um hospital, já centenário e ainda uma referência na área de saúde em toda a região de Entre Rios de Minas.

A tropa que formou, Cassiano Campolina a deixou para um amigo, Joaquim Pacheco Resende. Foi esse outro ramo da família Resende que impulsionou a raça: fez intercâmbio com vizinhos e desenvolveu linhagens. Destacando-se entre as principais as linhagens Gás e Passatempo.

Ultimamente, o campolina vem passando por uma evolução. No Estado do Rio de Janeiro, município de Papucaia, o empresário Cláudio Cunha, um dos criadores que experimentam modernizar a raça, fez uma aposta na contramão da estética: em vez das pelagens sólidas predominantes baia e castanha, passou a selecionar só o animal pampa.
 
Vem trabalhando não só a cor mas, como outros criadores, também a própria estrutura da Campolina: a cabeça ficou mais leve, o pescoço menos rodado e o porte, que chegou a 1,75m de altura, ficou mais baixo. O que antes era rejeitado, virou moda. Com a tropa colorida no pasto, o criatório de Cláudio Cunha já foi oito vezes campeão nacional.

Reportagem na íntegra com vídeo:

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

MÊS MANGALARGA MARCHADOR

Cavalo junqueira chegou a fazer parte das tropas imperiais de Dom Pedro I

Conhecido hoje como mangalarga, animal derivou duas raças distintas.
Conheça também o piquira, cavalo pequeno usado para equitação infantil.
Fazenda Bom Destino, município de Rio Novo, perto de Juiz de Fora, Minas Gerais. Este é um dos raros criatórios onde ainda se encontra tropa de piquira.


A raça deu uma esfriada, ultimamente, como explica Carlos Oscar Niemeyer, que vem a ser neto do arquiteto que ajudou a criar Brasília. A lida na fazenda, que cria gado guzerá, é feita com o piquira. É ágil, bom de manobra, cumpre o serviço como um cavalo grande faz.

A palavra piquira vem do tupi e quer dizer pequeno. Ele é menor que um jumento pêga e maior que o pônei europeu. No tamanho perfeito para o ensino da equitação infantil.

A belga Françoise Denis, que montou escolinha para crianças tanto na Hípica de São Paulo como do Rio de Janeiro, não precisou importar mais pôneis depois que conheceu o piquira. Se presta tanto à equitação básica como a avançada. Inclusive, é bom de salto.

Carlos Oscar explica que o piquira se originou de vários cruzamentos desordenados. Os fazendeiros foram selecionando os de menor porte até formar a raça. O padrão de altura é de um 1,20 m. Tem a frente leve, é bem aprumado e de angulações proporcionais.

Junqueira
Em outra cavalgada, desta vez no sul de Minas Gerais, um marchador que deveria ser chamado de cavalo Junqueira, mas acabou ganhando o nome de mangalarga, derivando-se para duas raças. É uma história que começa em 1750.


O roteiro segue a Estrada Real, uma série de caminhos abertos ainda no tempo da exploração do ouro. No município de Cruzília, 263 anos atrás, um empreendedor português, de nome João Francisco Junqueira, conseguiu da Coroa uma imensa faixa de terras. Ali ele plantava, criava gado e cavalos.

Como não havia cavalos nas américas, os colonizadores foram trazendo tropas da Europa a cada viagem de caravela. Os espanhois espalharam cavalos na região onde fica hoje a Argentina, o Uruguai e sul do Brasil. Os portugueses levaram para São Paulo, Rio de Janeiro e todo o Nordeste. Os holandeses para Pernambuco. Os franceses também trouxeram. Esses animais foram se espalhando, inter-cruzando, de modo que, em meados do século 18, já era intenso o comércio de tropas no país.

O que o pioneiro Junqueira fez foi aprimorar o negócio contando com tropas marchadoras já selecionadas, como a eguada da fazenda Angahy, uma linhagem agora com mais de 300 anos. A sede da Angahy, de 1731, ainda está de pé. Ali morava a família Meirelles. Os Meirelles foram se casando com os Junqueira, misturando sangue, terras e cavalos. Quem passa por Cruzília hoje se impressiona com a quantidade de criatórios de cavalos que a região tem: são mais de 200 num raio de 100 quilômetros.

Coube a Gabriel Francisco Junqueira a fama por ter mudado a história da criação de cavalos. Ele foi deputado e chegou a receber o título de Barão de Alfenas.Na versão mais divulgada da formação dos mangalargas, o Barão ganhou do imperador um imponente garanhão da raça Alter, a mesma que Dom João VI tinha trazido quando montou a primeira coudelaria no Rio de Janeiro.

Originalmente, o Alter Real não marcha. Essa característica veio da mistura com as tropas do Sul de Minas. Os cavalos no Brasil ganharam porte, altivez, elegância, mas mantiveram a marcha, caracterizando, assim, uma nova raça que foi usada na cavalaria imperial brasileira. Uma bela construção, que ultimamente serviu de pousada, foi construída por Dom Pedro I para abrigar a Coudelaria de Cachoeira do Campo, perto de Ouro Preto. Por volta de 1820, junto com garanhões de nobre procedência europeia, se usava também o cavalo oficialmente descrito como cavalo junqueira.

Na verdade, não era de um tipo só: na região de Cruzília, foram desenvolvidas várias linhagens. Na fazenda colonial Bela Cruz, fundada em 1784 e cuja sede acaba de ser restaurada, surgiu a linhagem justamente chamada de bela cruz. Animais de cabeça delicada e orelhas pequenas, diferentes das orelhas mais alongadas da linhagem angahy que tem como marca registrada o olho cor de caramelo. De outra propriedade, a Campo Lindo, saiu a linhagem JB, de acabamento geral bem refinado, genética das mais difundidas no Sul de Minas.

Reportagem na integra com vídeo:
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/01/cavalo-junqueira-chegou-fazer-parte-das-tropas-imperiais-de-dom-pedro-i.html

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Laço de Bezerro

 
É uma das funções Western que continua sendo usada ainda hoje em fazendas de todo o mundo. Essa prova testa a habilidade do cavalo em seguir o bezerro em uma grande velocidade, dando ao cavaleiro a melhor oportunidade de pegá-lo.
Os cavalos entram no brete e esperam calmamente o bezerro ser solto do brete.
O cavalo e cavaleiro devem ficar atrás de uma barreira para dar vantagem à largada do bezerro. O
 cavalo e cavaleiro são penalizados se partirem mais cedo, quebrando a barreira.

Quando o bezerro é solto do seu brete, o cavalo deve correr em sua direção, seguir a velocidade do bezerro e o cavaleiro deve se posicionar onde ele possa laçá-lo.
O laçador, então, joga seu laço e quando o bezerro é pego, o cavalo pára rapidamente.
Enquanto o cavaleiro desmonta e derruba o bezerro para amarrar três de suas pernas juntas, o cavalo deve se manter parado e quieto (mas atento) e manter a corda esticada. (No passado, o propósito de se amarrar as pernas do bezerro, era de que ele poderia ser medicado, curado sem dar coice no Cowboy ou machucar a si mesmo).
                       

Laço de Bezerro é julgado quanto a calma do cavalo no brete; quanto bem o cavalo corre para alcançar o bezerro levando em conta sua velocidade e posicionamento; o quão bem o cavalo pára; e o quanto bem ele trabalha o final da laçada, mantendo a corda esticada sem arrastar o bezerro. (Faz parte do Rodeio Completo a Prova de Cronômetro). A nota é de 0 a 100, com média baseada em 70.

Fonte:http://www.nettel.com.br/freeranch/p_index.htm