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sábado, 22 de dezembro de 2012

Deputado Federal Paulista apresenta Lei proibindo a realização de rodeios com tiro de laço

Nota sobre a notícia abaixo: rodeio não é esporte e nem cultura, apenas tortura de animais para entretenimento de animais humanos alienados. Chega de exploração de animais.
 
 
Um projeto de lei em Brasília promete causar rebuliço entre os tradicionalistas. Pela proposta do deputado federal Ricado Tripoli (PSDB-SP), fica proibida a perseguição de animais durante rodeios em todo o país, o que atingiria a prova do tiro de laço, a mais disputada entre as competições campeiras do estado, e até mesmo as gineteadas e o tradicional Freio de Ouro.
 
O texto do projeto cita provas realizadas durante a Festa do Peão de Boiadeiro, em Barretos (SP) e refere a morte de um animal que teve a coluna vertebral quebrada durante uma prova.
 
-Eu acho que onde tem os maus tratos de animais, nós devemos abolir esse processo e retirá-los. Era uma cultura brasileira a escravidão e não é mais hoje, argumenta o deputado.
 
A proposta, que antes de ir a plenário, precisa ser aprovada nas comissões de Turismo, Meio Ambiente e de Constituição e Justiça, deixou os praticantes do esporte em alerta. Nas redes sociais, já circulam campanhas contra o projeto. Em jogo, está uma indústria que no Rio Grande do Sul movimenta 1,2 milhão de pessoas, segundo o MTG. São cerca de 38 mil laçadores e 40 rodeios por mês durante a temporada que vai de outubro a maio.
 
Por isso, o presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha (CBTG), Manoelito Savaris, está pedindo aos dirigentes de entidades filiadas para que pressionem os deputados em cada estado a votarem contra a proposta.
 
-Os rodeios trabalham com animais, mas não os submetem ao sofrimento. Se eventualmente isso acontecer, a gente fiscaliza e pune, garante Savaris
 
Na bancada gaúcha do Congresso, o projeto repercutiu negativamente.
 
-O animal gosta de pular, o cavalo gosta de saltar, correr, ou seja, nós vamos negar isso? Eu não vejo como o Congresso Nacional vá poder aceitar isso, afirma o deputado federal Onix Lorenzoni (DEM), que se diz contrário a proposta.
 
O deputado Vilson Covatti (PP) também promete votar contra, caso o projeto passe pelas comissões e vá a plenário.
 
-Não é nos rodeios que está se judiando, maltratando animais, nós estamos, acima de tudo, garantindo uma atividade cultural que nasceu na essência, na cultura, defende Covatti.
 
A proposta tem a simpatia de algumas organizações ambientalistas, como a ONG Chicote Nunca Mais, de Porto Alegre. A advogada da entidade, Marcia Soares, define o rodeio crioulo como um “circo de horrores”.
 
-O projeto é decorrência não apenas do reclamo das entidades de proteção animal, mas de toda a sociedade, comemora Márcia.
 
Para o Ministério Público, é possível conciliar tradição com bem estar animal. Nos Campos de Cima da Serra, acordo entre a promotoria e a 8a Região Tradicionalista criou regras que proíbem, por exemplo, esporas pontiagudas. E o cumprimento dessas normas é fiscalizado por uma ONG de proteção animal. Este ano, a Procuradoria Geral de Justiça e o MTG assinaram um acordo para fiscalizar uma lei de 2002, que regula os rodeios no estado.
 
-Nesse caso me parece que esse projeto vai além do necessário e invade exatamente esse aspecto que é a cultura dos estados, afirma o promotor César Facioli, assessor da procuradoria.

Vídeo: http://videos.ruralbr.com.br/canalrural/video/jornal-da-pecuaria/2012/12/tradicionalistas-criadores-sul-pais-argumentam-contra-projeto-lei-que-prope-proibico-perseguico-animais-rodeios/8238/
 

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