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terça-feira, 24 de abril de 2012

Concurso Completo de Equitação - CCE

 
Atenção, velocidade, resistência e coragem são os pré requisitos para praticar essa modalidade. Não somente do cavalo, mas também do cavaleiro.

O Concurso Completo de Equitação pode ser definido como o Triatlon dos cavalos. A prova se divide em três partes, que devem ser realizadas integralmente com o mesmo animal.

A modalidade inclui:
Uma reprise de adestramento de nível médio em que são avaliadas a harmonia e a submissão.
A prova de fundo, composta por um percurso gramado ou de terra para ser percorrido ao trote. Em seguida, um Steeple-chase, que consiste em uma corrida de 3 a 4 quiilometros com obstáculos. Depois disso, há um novo percurso semelhante ao inicial. A prova de fundo termina com um Cross-Country, percurso de aproximadamente 7km com cerca de 20 a 30 obstáculos fixos a serem feitos a galope. Essa etapa inclui obstáculos naturais, como valas, barrancos, entre outros.
No último dia, é realizada uma prova de saltos.

O Cavalo



É necessário muito treino e resistência para que o animal esteja pronto para enfrentar uma prova como esta. Cavalos com menos de sete anos não são recomendados para competição, pois ainda não possuem o preparo físico adequado. Segundo o Diretor de CCE da CBH, Carlos Alberto Fleury Bellandi, o animal pode começar a ser domado a partir dos três anos.

No CCE, as características físicas são tão importantes quanto os traços de comportamento. Cavalos nervosos e ansiosos se desgastam com mais facilidade, por isso cavalos calmos são desejáveis. Entre os aspectos fundamentais estão a força, o fôlego, a curiosidade e a docilidade.

 No Brasil, a raça mais tradicional do CCE é o Puro Sangue Inglês. Recentemente, tem se utilizado também o Brasileiro de Hipismo. Bellandi afirma que, embora ainda exista o predomínio do PSI, os resultados com o BH tem sido muito bons, principalmente devido ao desempenho da raça brasileira no adestramento.

Sobre o treinamento, o diretor de CCE da CBH explica: “O adestramento é a base para todos os esportes equestres. Tornar o cavalo apto para o Cross-Country é questão de costume, treino. É imprescindível dar um bom condicionamento para chegar ao Salto em boas condições de trabalho. Sem isso, o cavalo fica dolorido depois do Cross Country e acaba fazendo muitas faltas no Salto, o que prejudica muito a prova”.

Origens
 O CCE tem suas origens junto aos militares e foi inicialmente chamado de concurso militar. Os franceses foram os grandes pioneiros do esporte, que e disseminou por toda a Europa e foi adaptado segundo as tradições de cada país. Na Inglaterra e na Irlanda o esporte foi muito influenciado pelas caçadas. Foi com a junção de cada vertente que o esporte cresceu no mundo.

A resistência e obediência do treinamento militar uniu-se à agilidade dos cavalos caçadores, resultando em um esporte complexo e emocionante.

 Somente 40 anos depois de sua primeira aparição como esporte olímpico, em 1912, o CCE adquiriu formas mais semelhantes a que encontramos hoje em dia. Inicialmente, o CCE era uma modalidade exclusivamente militar e a duração era de 5 dias, com um de descanso.

No Brasil A CBH estima que aproximadamente 200 conjuntos pratiquem CCE no país. O estado mais expressivo em número de participantes é São Paulo. Lá, o CCE foi originado do hipismo rural de cidades como Ribeirão Preto, Limeira e Barretos. Já no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, o CCE surgiu como uma modalidade preparatória para os animais utilizados pelos militares.

O desenvolvimento do Esporte no país intensificou-se nos últimos 20 anos. Desde 1992, o Brasil participou de 4 olimpíadas. Nos jogos olímpicos de Beijing 008, a equipe brasileira conquistou o 10º lugar, sua melhor colocação até agora.

O Brasil também foi medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Buenos Aires (Argentina) em 1995 e medalha de Prata nos Jogos Panamericanos em Winnipeg (Canadá) em 1999.

Texto retirado da revista virtual Mundo Equestre

Vídeo:

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